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25 de setembro de 2024Uma das perguntas mais comuns e profundas que muitas pessoas fazem é: “Por que Deus permite o mal?” Essa questão toca o coração de todos nós, especialmente quando vemos sofrimento e dor no mundo, principalmente envolvendo aqueles que consideramos inocentes, como as crianças. Para responder a essa questão, precisamos entender algumas verdades fundamentais sobre a natureza de Deus e do mal.
O Paradoxo do Mal
O paradoxo do mal é uma antiga questão filosófica e teológica que questiona como um Deus onipotente, onisciente e totalmente bom pode permitir a existência do mal. Se Deus é todo-poderoso, Ele pode eliminar o mal; se é todo-bom, Ele deve querer eliminá-lo; então, por que o mal existe?
Uma resposta poderosa para este paradoxo vem de Santo Agostinho, que ensinou que o mal não é uma entidade ou força criada por Deus, mas sim a ausência de bem, a ausência de Deus. Assim como a escuridão é a ausência de luz, o mal é o vazio deixado quando o bem, que é a presença de Deus, é rejeitado.
Quando escolhemos nos afastar de Deus, escolhemos nos afastar do bem, e é nesse afastamento que o mal encontra espaço para existir. Deus nos deu o livre-arbítrio, e é através dele que podemos escolher segui-Lo e viver no bem, ou rejeitá-Lo, deixando que o mal preencha o vazio.
Invertendo a Questão: Vida e Morte em Deus
Muitas vezes, as pessoas interpretam erroneamente a questão do mal e da morte, vendo Deus como alguém que pune com a morte aqueles que não O seguem. No entanto, a verdade é que a morte é a consequência natural de estar separado de Deus, que é a fonte de toda a vida. Sem Deus, já estamos mortos espiritualmente, vivendo apenas uma sombra do que fomos criados para ser.
Jesus disse em João 11:25: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá.” Deus não nos pune com a morte, mas sim nos oferece vida eterna quando nos aproximamos Dele. A verdadeira punição é permanecer longe de Deus, onde o mal e a morte reinam. O que Deus faz é nos salvar dessa condição, nos oferecendo a vida verdadeira que só pode ser encontrada Nele.
O Sofrimento dos Inocentes
Uma das questões mais dolorosas relacionadas ao problema do mal é o sofrimento das crianças. Por que Deus permite que inocentes sofram? A resposta a essa pergunta está ligada à queda da humanidade e ao pecado original. O sofrimento no mundo é uma consequência do pecado que entrou na criação através das escolhas erradas da humanidade, desde Adão e Eva até os dias de hoje.
No entanto, o sofrimento das crianças não é o desejo de Deus. Jesus disse em Mateus 19:14: “Deixem as crianças virem a mim, e não as impeçam; pois o Reino dos céus pertence aos que são como elas.” Deus tem um amor especial pelas crianças, e embora elas possam sofrer neste mundo devido às consequências do pecado, elas são preciosas aos olhos de Deus e serão muito abençoadas no Seu Reino.
Para Quem Deseja se Aprofundar: O Problema do Mal e Santo Agostinho
Para aqueles que querem se aprofundar tecnicamente no tema do mal e a perspectiva de Santo Agostinho, recomendo o vídeo “O PROBLEMA do MAL – Argumento de Santo Agostinho | Análise lógica” no YouTube. Este vídeo oferece uma análise lógica detalhada e profunda do problema do mal e dura cerca de 40 minutos. É uma excelente fonte para quem deseja explorar mais esse tema à luz da filosofia cristã.
Conclusão: O Mal, o Bem e a Esperança em Deus
O mal existe não como uma criação de Deus, mas como a ausência Dele. Ao nos afastarmos de Deus, deixamos espaço para o mal, mas Deus, em Sua infinita bondade, nos oferece a oportunidade de retornar a Ele e viver na plenitude de Sua graça. A morte e o sofrimento não são punições de Deus, mas consequências do pecado, que Ele está sempre pronto para curar e redimir.
Se você se pergunta por que Deus permite o mal, lembre-se de que Ele também oferece a solução: vida eterna e paz Nele. Busque o bem, busque a Deus, e encontre Nele a resposta para as perguntas mais profundas do seu coração.
Agradecimentos: Quero agradecer ao irmão Davi da Igreja Batista Luz para Nações por sua ajuda na elaboração deste texto. Sua contribuição foi essencial para esclarecer esse tema tão importante e desafiador.